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Tolstói transporta para a Literatura um dos grandes momentos da História

Guerra e paz retrata com maestria uma Rússia entre guerras e desigualdades sociais

























 

Leon Tolstói, nasceu na Rússia, Yasnaya Polyana, em 09 de setembro de 1828 e faleceu em 20 de novembro de 1910. Pertencia a uma família da nobreza, mas, ficou órfão de pai e mãe ainda na infância. Na idade adulta passou por uma faculdade de Direito, sem concluir o curso, e participou da guerra da Crimeia. Iniciou sua carreira como escritor ao publicar suas três primeiras obras, uma trilogia composta pelos livros Infância, Adolescência e Juventude. No entanto, ganhou notabilidade com as obras Guerra e Paz e Anna Karenina. O escritor causava polêmicas devido a seus posicionamentos filosóficos e apesar de ter-se convertido ao cristianismo, possuía ideias próprias, de forma que fez severas críticas às igrejas cristãs e foi excomungado pela igreja ortodoxa russa em 1901. A sua visão particular do cristianismo, contudo, conseguiu vários adeptos, influenciando personalidades como Mahatma Gandhi. Assim, Tolstói, o principal representante do realismo russo, escreveu obras marcadas por doutrinação moral, nacionalismo crítico e temática social. Sobre o livro Guerra e Paz, apesar do título, consta que inicialmente a obra foi lançada intitulada como 1805 que é a data do início da trama dessa volumosa história. Em sua edição original de 1865 contava com 1225 páginas. O pano de fundo foram os conflitos armados que ocorreram entre Rússia e França de 1805 a 1820. O livro que usei para fazer essa resenha faz parte do volume 2 de uma coleção de 4 volumes publicada pela editora L&PM. No primeiro volume, a história inicia-se em 1805, com a apresentação de famílias poderosas da aristocracia russa e o conflito nos campos de batalha. No livro segundo a história concentra-se nos conflitos amorosos dos membros dessas famílias, destacando personagens como Nikolai e Natasha, filhos do conde Ilya Rostov; o príncipe André Bolkonsky e o jovem conde Pedro Bezukhov, que tratarei num resumo a seguir.


O jovem soldado Nikolai Rostov retorna dos campos de batalha, após a derrota do exército russo para os franceses e é recebido com muita alegria por seu pai, o conde Ilya Rostov, chefe de uma respeitada família aristocrata, também é bem recepcionado por sua comunidade. Ele recebe uma bela homenagem pelos seus atos de bravura nos campos de batalha no clube da cidade de Moscou onde se encontravam as figuras mais importantes da sociedade, desde velhos militares e civis milionários a jovens soldados. Apesar da Rússia ter sofrido uma derrota humilhante que os envergonhava tentavam esquecer a vergonha da derrota celebrando e revivendo em versos as glórias do passado. Nessa festa ocorre um desentendimento entre o jovem soldado Dolokhov e um frequentador milionário do clube, o conde Pedro Bezukhov, cuja esposa, Helena, supostamente o havia traído e isso servia como forma de chacota por seus detratores. Dolokhov é desafiado para um duelo por Pedro para limpar sua honra e Dolokhov aceita. Mas sai gravemente ferido do confronto. Pedro retorna à sua casa após o duelo, mas não pretendia ver a esposa Helena por acreditar no que diziam sobre ser amante do jovem Dolokhov que para ele deveria estar morto. Passou toda noite em claro pensando no passado quando conhecera Helena, mas nunca soube dizer se a amava de verdade e isso o traumatizava. Mas por acreditar em sua traição decide pedir separação e tudo isso sem ouvir a mulher. Ele pretendia partir e deixar um bilhete à esposa, mas acabou adormecendo e no dia seguinte quando seu criado veio lhe trazer o café da manhã, Helena entrou junto. Ela já sabia do duelo e da causa do duelo e o repreendeu por acreditar no que falavam dela. Pedro ficou sem reação, não teve coragem de encarar a mulher até que decidiu falar e pediu a separação. Indignada, Helena aumentou o tom de voz e passou a humilhar o marido que num momento raro veio a perder sua calma e subserviência à esposa e partiu para cima dela atirando um pedaço de mármore que a fez fugir aterrorizada. Depois, Pedro abandonou sua residência deixando parte de sua fortuna para Helena.


Em outra família da aristocracia russa de Moscou, os Bolkonskys, o velho príncipe, pai do príncipe André, sofria ao receber a notícia de que seu filho teria morrido no campo de batalha. Mas sua morte não foi confirmada e não se sabia se estaria como prisioneiro. Esse tormento deixou o velho príncipe prostrado e sua filha a princesa Maria o consolava. A esposa de André, Lisa, estava prestes a dar à luz e todos aguardavam a chegada do médico que era estrangeiro por isso estava demorando e Lisa sofria muito com as fortes dores. Um dia depois, fazia muito frio e nevava muito e vendo o sofrimento da nora, o velho príncipe deu ordem para buscarem o médico de trenó para apressar sua chegada. Mas nem precisou pois ele chegara e com ele o príncipe André. Mas a família nem pôde aproveitar a alegria de rever um ente querido tido como morto ressurgir, pois, a esposa de André não suportou ao trabalho de parto e morreu. Para a família restou o consolo de rever o príncipe voltar vivo da guerra e batizar o mais novo membro da família que nascera, o pequeno Nicolau.



Dolokhov se recupera do ferimento e nesse período de convalescença aumentou sua amizade com Rostov que lhe deu todo apoio. Assim que se recuperou plenamente foi visitar a família do amigo Rostov e acabou se interessando por Sônia, prima de Rostov. Com exceção de Natasha, irmã de Rostov, toda sua família gostou de Dolokhov, e ela alertou ao irmão que seu amigo estava apaixonado por Sônia. A princípio Rostov não acreditou, mas notou que seu amigo Dolokhov passou a frequentar assiduamente sua residência e os lugares que sua família frequentava deixando transparecer seu interesse por Sônia. Mas ela já tinha outra pessoa de quem gostava e quando Dolokov se declarou, ela recusou seu pedido. Sua família achava Dolokhov um bom partido em todos os sentidos até no financeiro uma vez que Sônia fosse órfão e sem posses. Rostov desconfiava que sua prima tinha interesse por ele e pediu para Natasha chamá-la para eles terem uma conversa em particular. Nessa conversa, Nikolai disse que percebia o interesse dela por ele e que ele também gostava dela, mas não estava querendo se envolver naquele momento por ser jovem e gostar de aventuras amorosas. Ela, porém, não se abriu com ele, mas demonstrou tristeza.


Pedro saíra de sua casa e se dirigia para São Petersburgo, mas estava parado numa posta ou pousada por falta de cavalos. Enquanto aguardava o dono da posta providenciar um cavalo, fez amizade com um viajante. E entre uma conversa e outra, entraram em conflito filosófico, pois o velho viajante pertencia à uma crença religiosa maçônica e Pedro não acreditava em Deus. Pedro ouve os conselhos do velho franco-maçom, que o convenceu a se converter. O ancião lhe diz para entregar um bilhete a um amigo em São Petersburgo, assim faz Pedro quando chega na cidade. Tempos depois essa pessoa o procura. O jovem disse que o procurou a pedido do velho franco-maçom para iniciá-lo na organização. Pedro foi conhecer a organização maçom e ao chegar no local se surpreendeu pelo seu aspecto sombrio. Seu jovem amigo vendou seus olhos e o guiou para o interior da casa. Ficou só por alguns instantes até que retirou a venda e viu-se numa sala escura com uma mesa e sobre ela uma lamparina. Alguns instantes depois surgiu um homem de estatura baixa vestido num traje que Pedro nunca tinha visto. Ele se apresentou como reitor e lhe passou como funcionava a organização e de tal forma incisiva e indutora fazendo mudar as convicções que Pedro tinha sobre o mundo. Ao decidir fazer parte da organização, Pedro precisou passar por um ritual de aceitação. Foi novamente vendado e desta vez conduzido por várias pessoas que o levaram para outro recinto e sem a venda nos olhos se viu diante de uma extensa mesa com várias pessoas vestidas de roupas de pele de carneira dentre elas havia algumas que ele conhecia da alta sociedade petersburguesa. Surgiu o grão-mestre, um homem de idade avançada e começou o ritual que pareceu um tribunal onde ele era culpado por seus vícios e deveria renunciar a todos. Tiraram suas vestes, um dos seus sapatos e o fizeram andar em círculos. E como prova de que havia se convertido deveria renunciar a seus bens. Por pouco Pedro ofereceu toda sua fortuna para provar sua lealdade com a organização, mas acabou fazendo apenas uma oferta generosa. Dias depois, o conde Pedro foi procurado pelo príncipe Vasily Kuragin, seu sogro, que não aceitava sua decisão de separação de Helena argumentando que até o imperador já sabia do duelo. Mas mesmo tendo se convertido e prometendo ser mais amável com todos, Pedro manteve sua decisão e expulsou o sogro de sua casa.


O príncipe André passa por um problema grave em sua família, o recém-nascido Nicolau está muito doente e nenhum médico consegue curá-lo, o deixando angustiado. Seu pai fora convocado pelo imperador para comandar uma milicia contra as tropas de Napoleão e aliados que avançaram contra a Prússia, país que os russos defendem no campo de batalha. Enquanto isso, a alta sociedade de Petersburgo se reúne num clube tradicional para reuniões e debates sobre o atual momento da guerra contra o império francês. Boris, um jovem soldado que retornara dos campos de batalha é recepcionado como herói neste clube onde lhe é dada a palavra. Nessa reunião está Helena, ex-mulher de Pedro, que aos olhos da sociedade fora injustiçada pelo marido. O jovem Boris se interessa por ela e é correspondido de imediato. O filho de André se recupera o que traz de volta sua confiança. Ele se encontra com Pedro para trazê-lo a sua cidade. Pedro esteve em Kiev em missão dada pela sua confraria. Lá administrou uma vila de camponeses onde investiu parte de sua riqueza para fazer benfeitorias conforme pregava os ensinamentos da franco-maçonaria em ajudar o elemento humano. Na viagem com André tenta converter o amigo ateu. Para Pedro sua seita era verdadeira e única e as pessoas de bem deveriam segui-la por isso durante toda viagem tentou convencer o amigo deste seu ponto de vista. André ficou indeciso. Em sua casa chegou sem que sua irmã, a princesa Maria soubesse. Ela estava recepcionando alguns peregrinos e dentre eles havia um frade e uma idosa, devotos. Em dado momento, após a velha senhora ter feito um testemunho de um milagre, Pedro e André debocharam da velha senhora que indignada disse que estavam pecando. A princesa Maria a defendeu e repreendeu o irmão que pediu desculpas à anciã assim como Pedro para convencê-la a permanecer na casa, a velha peregrina os perdoa e continua a contar sobre os milagres que disse ter testemunhado. A família de André aprovou Pedro.


Enquanto isso, Rostov e seu amigo Denisov se apresentavam no regimento durante a campanha na Prússia contra o exército francês. Denisov era major e comandava o regimento. Mas se envolve num grande problema de indisciplina ao roubar um comboio de abastecimento para matar a fome de seus soldados que estavam sem se alimentar a 15 dias. Por conta disso precisou enfrentar o julgamento do Estado-maior Russo com o risco de ter rebaixamento na sua patente. Ao ferir-se num combate contra soldados franceses, aproveitou a ocasião para se afastar do exército pedindo baixa. Rostov durante o armistício foi visitar o amigo no hospital, pois não o via há muito tempo. Napoleão e Alexandre, imperadores da França e da Rússia, respectivamente, se encontraram durante o armistício e passaram a tropa em revista, ocasião em que um soldado russo foi condecorado pelo imperador francês. Rostov assistiu àquele encontro histórico, mas que o fazia refletir. Acabara de visitar o amigo Denisov num hospital fétido e improvisado onde homens mutilados e famintos agonizavam enquanto ali oficiais e a alta sociedade comiam do bom e do melhor.


Era 1809 e a Rússia tornou-se aliada da França que declarou guerra contra a Áustria, ex-aliada dos russos. O príncipe André e Pedro continuavam com suas atividades sociais. Pedro recorda-se de 1809 quando retornara do estrangeiro em missão nas lojas maçônicas. Sabia que o príncipe André estava muito bem nos domínios que dirigia de camponeses como forma de seguir os mandamentos da franco-maçonaria, além de ter-se tornado figura importante da Corte russa. Pedro também era muito elogiado pelos trabalhos que vinha desenvolvendo, entretanto, por pensar grande acabou por se tornar alvo de crítica dentro da organização que se partiu com quem o apoiava e quem fazia oposição às suas ideias revolucionárias com intenções de trazer filosofias baseadas no Iluminismo que desagradou muitos membros inclusive o grão-mestre. Por outro lado, decidiu voltar com sua esposa Helena que ele abandonara por suspeitas de traição e tomou essa decisão seguindo conselho de um velho amigo que lembrou que todo membro da organização precisaria ser fiel aos seus preceitos, dentre eles perdoar quem lhe pedir perdão. Ao retornar para o convívio de Helena notou que ela havia se tornado uma mulher muito admirada no seu meio social e o salão que ela dirigia era frequentado por gente da alta sociedade de São Petersburgo. Mas havia um frequentador assíduo que passou a incomodá-lo, o jovem Boris.


A família Rostov passa por dificuldade financeira e começa a dispor dos bens para se manter na alta sociedade de Moscou. O velho conde pretende casar uma de suas filhas, Vera, mas não tem dote para o noivo, mas lhe promete uma boa quantia que o agradou. Natasha, sua filha mais nova está com 16 anos e já pensa em casar-se, mas seu pretendente, o jovem Boris, não agradou sua família por ser pobre. No final do ano toda alta sociedade de Moscou vai para o baile famoso que contou com as presenças ilustres do imperador e de sua corte, inclusive de Napoleão. Neste baile Natasha despertou a atenção de muitos rapazes como do jovem príncipe André. Por outro lado, Pedro, que ajudara Natasha na aproximação com o amigo, estava triste e isolado no baile enquanto Helena se divertia e era muito assediada pelos homens. O príncipe André se interessa por Natasha e começa a frequentar sua casa. Decide pedir-lhe sua mão e sua família concede, mas o pai de André pediu que ele esperasse um ano para se casar. O velho achava o filho mais maduro e ainda doente e Natasha ainda uma adolescente muito imatura. Relutante, André atendeu ao pedido dele e por um tempo se afastou da casa da noiva. Não deu notícias, acharam que ele podia ter desistido de casar o que deixou a menina depressiva. Quinze dias depois, ele reaparece na casa para surpresa de todos. Ele explica o motivo da ausência e diz que pretende se casar com Natasha, mas só em um ano. Depois de muitas explicações, a noiva aceitou. Voltaram a ficar juntos por mais um tempo até André precisar viajar para São Petersburgo e novamente tiveram de se separar.


Nikolai Rostov comanda um regimento e está muito feliz com a vida que leva sendo respeitado pelos subordinados e superiores. Entretanto recebe uma carta desesperadora da Condessa, sua mãe, relatando a situação financeira da família e do casamento de Natasha com seu amigo André. De tanto a mãe insistir, ele pediu licença do serviço militar e a contragosto retornou para sua aldeia na Rússia, onde sua família tinha uma suntuosa residência. Lá levantando a situação financeira da família descobriu que estavam sendo roubados por um indivíduo de confiança do velho conde, seu pai. Fora de si foi ao pavilhão de Militenko e lhe deu uma surra. O pai lhe confia a administração dos bens da família e mais tranquilo, Nikolai se dedica a praticar a caça. Ele aproveita bem os dias com a família participando de festejos e reuniões com a comunidade da aldeia. No Natal numa dessas festividades, saiu com Sônia, Natasha e toda criadagem para comemorar a data no sítio de um vizinho distante. Era hábito entre os russos se mascararem e cada um se fantasiava como mais gostava. Foi na casa onde houve a festa de Natal que numa oportunidade a sós, Nikolai e Sônia se beijaram. A partir desse momento ele resolveu assumir o namoro com a prima com o apoio da irmã Natasha, mas teve a reprovação de seus pais que já haviam arrumado um casamento de interesse para ele como forma de salvar a economia da família que ia de mal a pior. Mas Nikolai persistiu em casar-se com Sônia deixando sua mãe inconsolada e os dois chegaram à beira de um rompimento familiar o que foi evitado por Natasha. Isso deixou a velha Condessa acamada. Seu filho retornou ao seu regimento. Enquanto isso, seu pai, juntamente, com Natasha e Sônia, partiu para Moscou, onde iria vender uma de suas propriedades. Lá ficam hospedados na casa de uma amiga muito influente da sociedade moscovita, Maria Domitrivna. Natasha aproveita a ida à Moscou e pretende conhecer o pai de seu noivo, o velho príncipe, que está cada dia mais ranzinza deixando sua filha Maria preocupada e aflita. Num momento de ira manda a filha embora. Mas a princesa entendeu ser um momento de senilidade do pai. Ele se recusa em receber Natasha. Ninguém o convence a aceitar o casamento dela com seu filho.


Natasha sente a falta do noivo, mas conhece o jovem Anatole, irmão de Helena, que se interessa por ela. Mas Natasha não sabia que Anatole era um aventureiro e que já era casado. Levada pela conversa romântica de Anatole, Natasha desiste do casamento com o príncipe André e decide fugir com Anatole, mas seu plano de fuga é descoberto por Sônia que delata à dona da casa onde o pai as deixara hospedadas. Natasha se revolta contra todos e se isola no quarto. Pedro é chamado pela dona da casa para conversar com Natasha. Antes de conversar com Natasha, Pedro procura o cunhado por toda cidade e o encontra no salão de sua mulher. Puxa Anatole pelo braço para uma conversa em particular. Nervoso, o agarra pelos colarinhos e lhe cobra explicações pelo que fizera com a noiva de seu melhor amigo. Os dois quase chegam a ameaçar um duelo, mas Pedro se desculpa pela forma que o tratou, entretanto, pediu que saísse da cidade e ofereceu dinheiro ao cunhado que partiu. Em seguida vai à casa de Maria Domitrivna onde Natasha e sua família estavam hospedadas. Ao chegar recebe a notícia que ela desejava vê-lo. Tiveram uma conversa a sós, ela depressiva falava que sua vida não tinha mais sentido e mandou pedir perdão ao príncipe André. Ao final, Pedro se declara para Natasha, mas de forma indireta, como é de sua natureza.


Assim se encerra a parte 2, na continuação, no terceiro livro, Natasha termina sua relação com André e acaba ficando cada vez mais próxima de Pedro. Já seu irmão Nikolai começa a envolver-se com Maria Bolkonskaia, deixando Sônia apreensiva. Enquanto isso, o país está em guerra contra Napoleão. No último livro, a Rússia é invadida pelo exército de Napoleão e Pedro, levado por seus princípios heroicos, decide assassinar o imperador francês. Mas é capturado. Na prisão conhece o honesto Platão Karataiev, um humilde trabalhador que inspira o herói a viver na simplicidade. Pedro é libertado e, após a morte de Helena, casa-se com Natasha, enquanto a Rússia é reconstruída depois da insana guerra.

Para Tolstói, guerra entre nações é o resultado de diversas causas para atender interesses individuais ou de grupos. Atualmente, a própria Rússia se encontra em guerra com um país vizinho e usa como argumento os interesses do povo russo em detrimento do sofrimento de milhões diretamente como o povo ucraniano e indiretamente, como as outras nações que dependem da rota de comércio desses países. A literatura tem desses artifícios de eternizar os grandes momentos da história de forma romântica, dramatizada, poética, ou seja, qual for o gênero, mas servindo como memória aos povos para refletirem sobre seus atos.



Obra: Guerra e Paz (vol. 2)

Autor: Leon Tolstói

Editora: L&PM

Ano: 2007

Pag. 379

Formato: Pocket (livro de bolso)

Tema: Guerra









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