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Foto do escritorGylsson Lopes

AS BIBLIOTECAS DENTRO DA BIENAL DO RIO 2023

COM NOVOS ESPAÇOS DE LEITURA, FORMAS CRIATIVAS DE LER HISTÓRIAS E APOIO À NATUREZA, A BIENAL DO RIO 2023 DEIXOU SUAS MARCAS



Quando se fala de espaços de leitura, nossa imaginação remete automaticamente para as bibliotecas, tradicionalmente conhecidas para esta prática cultural nas comunidades. Quando se fala de leitura, logo imaginamos um livro ou uma plataforma digital ou eletrônica. Entretanto, aquele que teve a oportunidade de visitar a 40ª edição da bienal do livro da cidade do Rio de Janeiro,  que ocorreu entre 02 e 10 de setembro, no Riocentro, Barra da Tijuca, se maravilhou com o que viu. Diversas iniciativas foram desenvolvidas para atrair o leitor, seja criança, adolescente ou adulto. Todos tiveram seus lugares específicos ou diversos e puderam vivenciar experiências de leituras bem criativas, além, é claro, de poderem conhecer e aplaudir autores preferidos ou renomados que por lá passaram.


CELEBRIDADES E COMUNIDADES DE FÃS

Programação diversa com  participações de nomes como Mauricio de Sousa, Julia Quinn, Cassandra Clare, Holly Black, Neal Schusterman e os livros e brindes oferecidos nos estandes são algumas das muitas atrações que divertiram e encantaram o público de mais de 600 mil visitantes do evento. O universo da leitura despertou para um fenômeno denominado como  "bookstans" Bookstan = book + stalker + fan . É uma definição de fãs que dizem ser mais que leitores, querem conhecer com profundidade as obras, acompanham seus autores prediletos, querem ouvir, pegar autógrafos, registrar o momento. Para o mercado, é uma ótima oportunidade de vendas em torno dessas grandes comunidades de fãs que consomem o que aparece pela frente vindo de seus ídolos. Indo além dos corredores de livrarias e de bienais, essa paixão adentra nas redes sociais com todo tipo de manifestação de apoio e de engajamentos. 


ESPAÇOS DE LEITURA E MUITA CRIATIVIDADE

Os leitores puderam aportar em vários espaços de leitura espalhados pelo oceano literário que se tornou a bienal. No estande virtual  da Academia Brasileira de Letras, grandes autores, como Machado de Assis, puderam conversar com seus leitores, fazendo uma verdadeira ode aos grandes clássicos universais. Havia outros espaços de encontro de aficionados por livros, entre as novidades, a “Bienal das narrativas” que trouxe o ‘Baile de Máscaras da Julia Quinn’, promovendo uma festa de época como acontece nos episódios de Os Bridgertons, livro que virou série. Vale destacar  o desfile de fantasias das autoras estrangeiras Holly Black e Cassandra Clare, promovendo uma nova experiência para os fãs. Os visitantes também tiveram a oportunidade de experimentar um momento de meditação zen budista guiados pela Monja Coen e pedir autógrafos para o sempre presente Mauricio de Sousa. Havia o universo lúdico chamado “Uma Grande Aventura Leitora”, em um espaço de 600 metros quadrados, para o deleite das crianças que lá estiveram. Com curadoria de Carolina Sanches, Martha Ribas e Rona Hanning, a experiência imersiva infantil trouxe a magia das histórias que extrapolam os livros e ganham as emoções das crianças. No espaço, os pequenos foram recebidos pelo Chapeleiro Maluco, de Alice no País das Maravilhas, e foram comemorados os 60 anos da personagem Mônica, da obra de Maurício de Sousa.


CAFÉ LITERÁRIO

No Sextou com Simas, o professor e autor Luiz Antonio Simas, recebeu convidados, transformando o Café Literário em um verdadeiro boteco carioca. Neste espaço, a curadoria recebeu autores como Ailton Krenak e Conceição Evaristo que participaram de um momento batizado de ‘Em Primeira Pessoa’.

 

ARTISTS ALLEY

Os fãs de histórias em quadrinhos tiveram a oportunidade de conhecer ao vivo quadrinistas independentes de todo o Brasil no tablado denominado Artists Alley.


CONCEITO DE “LEITURAS ELÁSTICAS” 

 A Bienal 40 anos  lançou o ‘Páginas na Tela’, com curadoria da cineasta e escritora Rosane Svartman, e ‘Páginas no Palco’, coordenado por Bianca Ramoneda, os formatos convergem essas narrativas que se cruzam entre livro, audiovisual e teatro, com nomes como Guel Arraes, Raphael Montes, Klara Castanho, Vera Holtz, Claudia Abreu.


INICIATIVAS SOCIAIS E INCLUSIVAS

Este ano, o festival extrapolou o Riocentro e levou a “Bienal nas Escolas” a dois colégios municipais na Zona Norte. Além disso, junto com o SNEL e as editoras associadas e expositoras, distribuiu 2 mil exemplares em parceria com o MetrôRio aos passageiros do sistema e apoiou o Hemorio com entrega de livros para doadores, recolhendo 790 bolsas de sangue, o que permitiu a distribuição de obras literárias para hospitais do SUS. A Bienal também firmou parceria com a Arquidiocese do Rio para distribuir outros mil livros para bibliotecas sociais da entidade. Além do projeto de visitação escolar, o festival também realizou outras iniciativas sociais e inclusivas, como a tradução simultânea em libras de todas as sessões da programação oficial e visitas guiadas para deficientes visuais. Outra iniciativa de grande relevância da bienal esteve voltada para a preservação da natureza com a neutralização de suas emissões de gases do efeito estufa, coleta seletiva de todo o lixo do evento, carpetes fabricados com material reciclável, entre outras. Com a desmontagem do evento, o carpete retirado será doado para empresas que o transforma nos mais variados tipos de produtos, como forro para celas de cavalo, chapéus, molas de colchões, capachos de portas, jogo de banheiro e cozinha, lixeirinhas para veículos, entre outros; gerando renda e, principalmente, colaborando com o meio ambiente e com a natureza.

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