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Foto do escritorGylsson Lopes

A DROGA DA OBEDIÊNCIA É UM GRANDE SUCESSO DO ESCRITOR PEDRO BANDEIRA

HOMENAGEADO NA BIENAL DO RIO 2023, O ESCRITOR BRASILEIRO VIVE SEU MELHOR MOMENTO NA LITERATURA NACIONAL






Pedro Bandeira de Luna Filho é um escritor brasileiro de livros infanto-juvenis. Ele adquiriu notoriedade em 1983, com o lançamento de O Dinossauro Que Fazia Au-au, seu livro infantil de estreia e passou a dedicar-se exclusivamente à autoria de títulos infanto-juvenis. Nasceu em 9 de março de 1942 na cidade de Santos, São Paulo. A Droga da Obediência conta a história de uma turma de adolescentes que enfrenta uma poderosa organização criminosa internacional comandada pelo sinistro Doutor Q.I. que inventou uma droga para subjugar a humanidade aos seus desígnios e os jovens eram seus alvos.  A Droga da Obediência foi publicada em primeira edição em 1984 e iniciou a série Os Karas, composta também por Pântano de sangue (1987), Anjo da morte (1988), A droga do amor (1994), Droga de americana! (1999) e A droga da amizade (2014). 


RESUMO DA OBRA

      No colégio Elite existe um grupo de alunos dedicados  e inteligentes, além disso, guardam um segredo. São eles, Miguel, Calu, Crãnio e Magrí, juntos eles compõem um grupo chamado Os Karas e sempre fazem reuniões de emergência quando estão diante de um desafio. Miguel era o líder e fez uma convocação, escrevendo a letra k  na mão esquerda, sinal de convocação dos membros do grupo, quando os alunos vêem esse sinal sabem para onde ir. Assim fizeram Calu, Crãnio e Magri, abandonando suas tarefas no colégio, cada um arrumando um pretexto e foram se encontrar no esconderijo no sótão do vestiário, só não contavam terem sido seguidos por alguém que não fazia parte do grupo, um garoto chamado Chumbinho. Ele queria fazer parte do grupo Os Karas. Miguel viu-se diante de um problema que precisaria resolver, mas estava diante de uma emergência e naquele momento decidiu aceitar Chumbinho como o mais novo membro dos Karas, mas não estava falando sério, era só para despistar o garoto e depois teria de mudar de esconderijo secreto e rever todas as táticas de ação  que foram comprometidas com a chegada do intruso, no momento teria de contornar aquele problema, então  inventou um ritual de iniciação que consistia em sangrar a pontinha do dedo e ele o fez com um canivete e o garoto teve de fazer um juramento de lealdade. Depois Miguel tocou no assunto que levou os Karas a se encontrarem. Disse que estava havendo estranhos acontecimentos nos principais colégios particulares da região, muitos estudantes havia desaparecidos sem deixar pistas. Seus pais estavam desesperados e a Polícia não dava resposta. Até o momento, somente o colégio Elite não tinha tido um aluno desaparecido, mas ficou sabendo que um aluno conhecido como Bronca estava desaparecido e isso provocou aquela reunião de emergência. Chumbinho se empolgou todo em fazer parte de uma turma de detetives, ele gostava de ação e entrou na conversa dizendo que havia conversado com o Bronca um dia atrás e que o menino estava muito diferente, pois, todos o conheciam pelo seu temperamento explosivo e ele parecia quieto e muito obediente. Chumbinho percebeu que tinha ganhado moral no grupo logo na primeira missão, mas não sabia que Miguel, o líder dos Karas, não queria envolvê-lo naquela missão perigosa, por isso, ao distribuir as missões para os membros do grupo, pediu que Chumbinho colasse num aluno novo que acabara de chegar no Elite de nome Bino. Miguel é chamado pelo diretor do colégio Elite, prof. Cardoso. Ele pede que Miguel, como presidente do Grêmio Estudantil, ajude a controlar os alunos para evitar pânico durante as investigações do desaparecimento de Bronca. Miguel não concordou, entendeu que deveriam abrir o jogo com os alunos, afinal, outros alunos haviam desaparecido em outros colégios de maneira estranha e quem garante que não haveria mais casos no colégio Elite, mas  o diretor insistiu na discrição como forma de evitar pânico, Miguel acatou a orientação do diretor. Entram na sala, dois detetives que são apresentados a Miguel, era o detetive  Andrade e o detetive Rubens, este o mais jovem. Chumbinho havia conseguido contato com o oferecedor da droga da obediência que Crãnio havia comentado e este a havia lhe oferecido. O oferecedor o manda tomar a droga, mas Chumbinho diz que havia muita gente por perto, poderiam desconfiar, então pediu para ir ao banheiro. Chumbinho pensou em escrever um código para os Karas na parede do banheiro usando dejetos deixados no vaso sanitário. Após várias reviravoltas, os Karas acabam entrando na organização criminosa usando de astúcia e coragem. Mas uns foram presos como Chumbinho e Miguel. Miguel estava  no ginásio detido pelos empregados do dr. Q.I.  sob a mira de armas. Nisso, ele percebe que os alunos-cobaias aos poucos iam recobrando a consciência pois os empregados da organização não tinham dado a dose de reforço, assim, Miguel  aproveitou para falar a todos o que estava acontecendo onde eles estavam e principalmente que tinham sido usados como cobaia por uma droga. Os meninos e meninas se revoltaram e partiram para cima dos seguranças que estavam armados e os dominaram. Na confusão, a energia é desligada  e a voz do dr. Q.I dá ordens a seus empregados para se renderem. O corpo de bombeiros é chamado e invade a fábrica. Para surpresa geral, o Dr. Q.I é desmascarado por Miguel em frene ao detetive Andrade, era o diretor do colégio Eliete, o prof. Cardoso.  Dias depois  dessa aventura, Miguel estava deitado em sua cama no quarto de sua casa, o líder dos Karas assistia pela tv um debate com especialistas sobre a droga da obediência, enquanto ouvia o debate, Miguel fazia uma reflexão sobre tudo o que ocorrera naquela missão. Ele era considerado o líder dos Karas, mas havia cometido vários erros, dentre eles, o que colocara os amigos em perigo ao se deixarem ser sequestrados e de não reconhecer no Chumbinho um grande herói com sua astúcia que ajudou a desbaratar a quadrilha. Ele decide continuar  a luta contra o mal que parecia não ter fim, ainda mais quando ouviu entre os debatedores que deveria aproveitar a invenção da droga da obediência pois a juventude precisava ser um pouco controlada.

 

O estilo narrativo adotado pelo autor  faz com que a perspectiva do narrador tenha sua partida do olhar de um adolescente, o que torna mais fácil atingir o público-alvo da leitura.  Esta representação é a consciência de mundo que o autor tem ao escrever um livro, que leva ao conhecimento. Dessa forma a criança, ao se apossar de um livro, estabelecerá relações entre o universo literário e seu eu interior, para relacionar-se com o universo real.  Sua linguagem é simples, procurando não  infantilizar  demais seus textos, nem colocar uma linguagem muito adulta.  As obras contemporâneas tratam de assuntos que anteriormente eram proibidos aos jovens.

 

Pedro Bandeira transmite uma mensagem educativa em seu romance, muitos valores são passados pelos personagens principais. O autor criou uma obra literária infantil de qualidade, que mescla o educar e o divertir, pois ela permite que o leitor reflita sobre o assunto.

 

Obra: OS KARAS – A DROGA DA OBEDIÊNCIA

Autor: Pedro Bandeira

Ano: 2003

Edição: 3º

Páginas: 188

Formato:  140x121

Tema: aventura gênero policial infanto-juvenil.

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