De uns anos para cá, temas como inclusão e diversidade vêm ganhando força em todos os segmentos da sociedade em toda parte do mundo. Foram iniciativas de movimentos marginalizados seja por suas origens étnicas, sua condição social, sua sexualidade ou cor da pele. Em países ultraconservadores foram registrados atos de extrema violência contra representantes dessas ditas minorias com o intuito de sufocar ou calar essa parcela da população de excluídos. No entanto, com a evolução tecnológica e com o apoio de outros movimentos similares em países democráticos, essas vozes ganharam ecos e seus corpos saíram das sombras e hoje conquistam espaços em mercados antes elitizados como o editorial.
o MERCADO EDITORIAL
Obras com temas inclusivos ganham cada vez mais destaque no mercado editorial que busca por diversidade apostando nessa onda que chegou e parece ter se consolidado. Essa temática da diversidade representativa de pessoas negras, indigenas, Pcd e LGBTQIA+ e outras ditas minorias, tradicionalmente não protagonizavam as produções literárias. Um bom exemplo dessa tendência é o da escritora Djamila Ribeiro com sua obra Pequeno Manual Antirracista é considerada um fenômeno editorial. Além das questões de gênero e de raça, esse mercado focando a temática inclusiva abre espaço para outros tipos de público em segmentos como o denominado Young adult ou YA, um tipo de literatura onde o protagonista da história sempre será uma pessoa jovem. Um exemplo é o aclamado Harry Potter da escritora britânica J.K. Rowling.
GRANDES FEIRAS DEBATEM O TEMA
A bienal do livro de São Paulo e a Flip 2022 e recentemente, a feira do livro da Praça Charles Miller, isso só para citar algumas das mais importantes feiras do setor, promoveram debates sobre diversidade juntamente com editores, autores e outros interessados nesse segmento.
ENFATIZAR AS DIVERSIDADES
Esse fenômeno temático no mercado editorial pode ser fruto dos debates que se iniciaram ainda no século passado, mais precisamente, nos anos 60 , década conhecida pelas lutas da emancipação feminina na esteira da chamada efervescência cultural, dos direitos civis nos Estados Unidos e pelas liberdades individuais, assim outras minorias foram ganhando notoriedade nessa batalha em busca de reconhecimento e de espaço.
A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Outro tema ainda muito em evidência está na violência contra a mulher que de uns anos para cá tomou uma proporção assustadora. Desta forma, cada vez mais, a literatura tenta mudar essa realidade, assim, obras, sobretudo de autoria feminina, vêm abordando o assunto.
Não só no universo do livro, mas também em produções televisivas, sobretudo nas plataformas de streamings, é comum vermos com naturalidade casais homossexuais protagonizando as séries de origens variadas, latinas, europeias e asiáticas. Estudiosos do tema da diversidade entendem que a bolha foi furada e ela passará a fazer parte do cotidiano de todas as produções culturais sem causar desconforto no público ainda conservador.
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